Por que temos tanto medo da mudança?

Estar na zona de conforto tem seu lado bom e ruim (como quase tudo na vida, segundo a lei da relatividade), mas quando temos que encarar alguma mudança em nossa vida nos espantamos! Inicialmente, se a mudança for boa, ficamos eufóricos, loucos para que ela venha logo! Mas quando o dia da mudança se aproxima uma espécie de medo, um friozinho na barriga acontece inevitavelmente!

Estou mudando de cidade em alguns dias, saindo de Salvador para um interior da Bahia chamado Paulo Afonso. Apesar de já estar saturada de morar em Salvador, a cidade é muito agradável em alguns pontos (não só as festas, pelas quais somos mundialmente conhecidos), mas os amigos que fiz aqui, os lugares que gosto de freqüentar, um passeio na orla, ficar zanzando pela cidade só pensando na vida. Os ritmos nessas cidades são totalmente diferentes, mas fiz a escolha pela minha qualidade de vida. Larguei meu emprego e meu apartamento para ir rumo ao novo, ou não tão novo assim, pois quando criança morei em Paulo Afonso e meus pais moram lá até hoje. Mas a mudança repentina de morar de novo com os meus pais, em uma cidade menor, sem saber o que ao certo eu vou fazer me amedronta em certas horas.

Estou muito feliz com a mudança, mas sempre vem a pergunta: E aí? Vou me mudar pra lá e fazer o que? Ganhar a vida no interior é mais fácil porque o custo de vida é mais barato, mas em compensação temos de abrir mão de certas comodidades que só uma capital oferece, mas isso pra mim é o mínimo.

Ganhar dinheiro é uma consequência de um bom trabalho, no interior se ganha menos, mas a carga de trabalho também é menor, mas ainda estou nova e a hora de correr o risco e encarar é agora! Tomara que dê tudo certo e eu possa realizar meus objetivos lá mesmo em Paulo Afonso!

Muito mais tranquilo, sem tanto stress e fazendo o que eu gosto. Não tem dinheiro no mundo que pague o meu conforto, o meu bem-estar, minha consciência tranquila. Lá não tenho tanto mercado quanto em Salvador, mas a capital baiana está meio sem perspectivas de vida para os recém formados.

Creio que isso aconteça também em outras grandes cidades, ficar trocando dinheiro, 6 por meia dúzia como diz o ditado popular. Para juntar uma graninha, fazer o pé de meia, trocar de carro e tudo mais é bem mais complicado! Trabalha-se muito para ganhar pouco! No interior posso ganhar a mesma coisa e às vezes até mais, tendo um custo de vida mais baixo!

Pois é, quando tomei essa decisão fiquei super empolgada, mas depois bateu esse friozinho na barriga! E cheguei à conclusão de que isso é normal, as mudanças mexem com a nossa mente, é natural que fiquemos assim, pensando como será sair dessa zona de conforto!

Sempre que tiver de encarar uma mudança, pense que não vai ser a primeira e provavelmente não será a última, pois as mudanças acontecem em nossas vidas constantemente! Pense sempre positivo e dê o melhor de si para alcançar os seus objetivos!

É isso!